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PEDRO E PAULO

PRINCIPES DA IGREJA


 
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Neste mês, celebramos dois grandes santos da Igreja. Pedro, protetor da comunidade cristã “ad intra” e Paulo, pregador da Igreja “ad extra”. Pedro cuida do rebanho do Senhor, para que siga nas trilhas do Evangelho e Paulo avança para novas fronteiras. Em comunhão com todos os apóstolos e novos missionários, semeiam a Palavra do Senhor e cultivam com coragem sua sementeira.

São dois grandes modelos e nos ensinam a sermos fiéis a Jesus Cristo. As chaves de Pedro escancaram as portas da Igreja para acolher novos filhos para o rebanho e para não deixar que entrem forasteiros da fé. 

Paulo salta montanhas e muralhas para anunciar o Cristo, que lhe tocou profundamente o coração. Nunca nos cansaremos de repetir com Paulo: “ai de mim se não evangelizar”. Não é simples prazer ou desafio; é uma razão para viver, para dar sentido à própria vida.

Os dois santos são celebrados no mês dia no Ano Litúrgico. Uma bonita solenidade. De fato, junho é o mês famoso no calendário da Igreja, porque os devotos de alguns santos muito queridos são festejados, entre eles, Santo Antônio, São João Batista, São Pedro e São Paulo. As festas juninas tornam-se, também, comemorações  importantes que arrastam os fiéis para missas, celebrações, terços, trezenas, tríduos e muito mais, além de festa com muito “comes e bebes”. As festas juninas têm três dimensões. 

Em primeiro lugar, a devoção popular e os rituais litúrgicos, onde aprofundamos nossa fé, sob o olhar e o exemplo de nossos santos juninos. Em segundo lugar, as manifestações folclóricas, com fogueiras, danças, festivais de viola, fogueiras e “compadragem”. Finalmente, as delícias caipiras das batatas, amendoim, pipoca, quentão e tantas outras delícias, que unem as famílias e os amigos ao redor das fogueiras. Estas três dimensões formam nosso coração, nossa alma e nosso corpo, para vivermos em comunidade nossa fé.

No entanto, quando falamos de Pedro e Paulo, dois santos que são considerados como Príncipes dos Apóstolos,  engrandecemos nossa religiosidade, uma vez que devemos nossa fé, principalmente para estes dois grandes marcos da cristandade. Recordamos um ditado antigo que diz que a voz do povo é a voz de Deus. Desta maneira, não vamos apenas falar das festas juninas, onde  estes dois santos são também participantes, mas da sua importância na nossa religião católica,

Homenageamos Pedro, o primeiro Papa. Ele ficou no lugar de Jesus Cristo após sua morte, ressurreição e ascensão e sempre deixou,  no trono papal, um sucessor. Hoje, felizes, temos na cátedra de Pedro, o Papa Francisco. 


SOLENIDADE DE NOSSAS COLUNAS ECLESIAIS

Na ‘solenidade de Pedro e Paulo’, a liturgia mostra a grande importância que Pedro e Paulo tiveram na igreja cristã primitiva e sua importância na evangelização e na unidade da Igreja.

Sua origem começa com uma celebração em honra aos dois santos, que foi chamada de Festa dos Apóstolos. Conforme a tradição católica, no lugar onde os santos eram martirizados ou mesmo sepultados, os cristãos se dirigiam em peregrinação para o “santuário”, principalmente na data do aniversário de morte.

Embora, nem sempre tenhamos provas históricas do local exato de seus sepultamentos e locais, os fiéis sempre demonstraram esta tradição com os seus santos favoritos.

De fato, conforme a tradição, ainda, Pedro foi crucificado na colina vaticana, onde hoje se encontra a Santa Sé e Paulo na estrada de Ostia, onde uma basílica foi erigida em sua honra.

 Ao longo dos séculos,  Pedro e Paulo receberam grande demonstração de fé de todos os  povos. Sabemos pelos estudos especializados que os dois foram martirizados em Roma sob o desumano Imperador Nero.

Como atestamos nos escritos de Clemente Romano (ano 110), Pedro foi crucificado de cabeça para baixo e Paulo foi decapitado. 

  

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PASSOS BÍBLICOS DE NOSSOS PATRIARCAS

No Novo Testamento,  temos os relatos que Pedro foi escolhido como chefe da Igreja (Mt 16,13-19) e pastor da comunidade cristã (Jo 21,15-17) enquanto Paulo, convertido no caminho de Damasco, após uma grande luz, Jesus Cristo, ter-lhe aparecido (At 9, 1-16), foi escolhido como missionário dos povos pagãos e dos gentios (At 9,15). 

Paulo foi, sem dúvida, o grande missionário da Igreja cristã primitiva. A ele se devem inúmeras comunidades, as quais nasceram nas suas três magníficas viagens de evangelização.

O trajeto que Paulo fez e o resultado de seu trabalho de evangelizador foram sem dúvida alguma os pilares que sustentam até hoje a nossa fé.

Suas pregações levavam as boas novas e ele melhor do que ninguém conduziu os ensinamentos de Cristo, com uma maestria e perseverança que o tornou um dos príncipes.

Pedro foi escolhido por Cristo para edificar a Igreja. Basta entender o significado do nome de Pedro, ele foi a pedra fundamental que construiu a Igreja.

Como chefe teve o poder dado por Cristo “para que ele ligasse ou desligasse na terra tudo o que também seria ligado ou desligado no céu”


sao paulo
  
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Amplos poderes para levar adiante os ensinamentos do Filho de Deus. Hoje é simples entendermos isso.

Olhamos o Vaticano como se ele sempre tivesse existido, olhamos os frutos de Paulo e dos apóstolos que atingem mais de dois bilhões e quase trezentos milhões de católicos no mundo.

No entanto, sabemos muito bem como aconteceu no longo caminho percorrido: muita coragem,  muita dor e muito sangue derramado, desde Cristo até nossos dias.

Celebramos com devoção estes dois grandes pilares de nossa Igreja.  A missa desta grande solenidade ensina aos fiéis e devotos o valor do martírio dentro da comunidade, como modelo e força para todos os cristãos.

É importante que os fiéis se recordem de Pedro e Paulo que deram a vida pela Igreja e pelo seu papel na construção de nossa Santa Igreja.

Pedro e Paulo, como mártires,  são testemunhas de Cristo e se tornaram seus aliados mais importantes pela construção do Reino de Deus, transmitindo, também, a Palavra de Deus, como  encontramos nas celebrações. Assim, aprofundamos a missão destes santos, que edificaram a vida da igreja.

CELEBRAR A FÉ E A FIDELIDADE

Pedro é sempre apresentado como o primeiro apóstolo a proclamar a fé e Paulo como o grande evangelizador dos povos, levando no início da igreja primitiva a mensagem de Cristo.

Pedro e Paulo complementam a missão que Cristo lhes confiou. Pedro cultiva a vida eclesial e Paulo vai além das fronteiras.Temos algumas mensagens que simbolizam muito o cristianismo: a perseguição política à comunidade (At 12,1-11).

Deus está sempre presente e vem libertar Pedro que havia sido levado para a prisão. Esta passagem vem fortalecer os cristãos em tempos de perseguição, pois o Senhor sempre está presente para auxiliar todos que acreditam Nele.

Na Liturgia da Palavra, a segunda leitura (2Tm 4,6-8.17-18) é direcionada na figura de Paulo. Ela faz um retrospecto de sua missão, no processo de seu trabalho de evangelizar.

Paulo considera-se vitorioso, pois agiu pelos desígnios de Deus, “combateu o bom combate de Deus e nunca deixou esmorecer sua fé, mesmo diante de tantos problemas que tivera em suas viagens evangelizadoras”. Paulo sente a presença próxima do martírio, devido às várias perseguições e ameaças de morte que enfrentou no final de sua vida.


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 MÍSTICA DA SANTIDADE DE PEDRO E PAULO

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O coração da mensagem desta celebração, que comemora a data dos dois apóstolos, está direcionada na confissão que Pedro faz sobre a identidade de Jesus (Mt 16,13-14), que testemunha a messianidade e divindade de Cristo (“Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo”).

Nesta passagem mostra que Pedro entendeu perfeitamente o Filho de Deus, sobre o poder de ligar e desligar no céu e na terra.

Esta solenidade valoriza o crescimento da igreja e sua dimensão missionária. As leituras demonstram que Pedro representa a coesão interna da comunidade e Paulo os seus caminhos no mundo, evangelizando, tendo sido realmente o maior missionário de Cristo. 

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Juntos completam a missão que Deus escolheu para os dois. É interessante notar, que no século XXI, Deus coloca no trono do Vaticano, o Papa Francisco.

Lendo as mensagens de Paulo e  Pedro, que foi o primeiro bispo de Roma, encontramos no papa atual, o sentido da Igreja Primitiva Cristã.

Em nossos dias, nossa Mãe Igreja está vivendo este renascer, a nova primavera de Francisco, um sopro para renovar a Igreja de Cristo na história da humanidade

 

 Prof. João H. Hansen – Pe. Rodinei C. Thomazella – Pe. Antônio S. Bogaz

da Família de São Luís Orione