UMA MÃE QUE VEIO DO RIO TRÊS SECULOS DE AMIZADE

UMA MÃE QUE VEIO DO RIO

TRÊS SÉCULOS DE UM MILAGRE


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Apresentação Natal Luz – Paróquia N.Sra. Saúde – 2016

A Mãe de Jesus se manifestou inúmeras vezes, algumas delas oficializadas pela Igreja Católica e outras sustentas pela devoção popular, mas sempre vistas com simpatia pelas autoridades eclesiásticas. A fé mariana é, sem dúvida alguma, uma das mais fortes vozes do catolicismo no mundo. Todo católico sabe perfeitamente que o centro de sua fé é Jesus Cristo, Maria é sua intercessora junto ao Filho.

A presença de Maria é tão grandiosa que ela surge como modelo de integridade pessoal e comunitária. Esta devoção ajuda-nos na busca de reconhecer a dignidade dos pobres, excluídos e marginalizados da nossa sociedade. Podemos entender que a presença de Maria no mundo atual nos leva a uma abordagem de uma evangelização mais humana. De qualquer forma, é preciso recordar que  desde o século III, Maria  foi popularmente  chamada de Mãe de Deus. Maria, continua seu processo no mundo atual, como vem sendo desde o início do cristianismo.

Ela intercede junto ao Filho. Ela é sempre medianeira, porque Maria continua a pedir por todos na glória.  Ela representa o caminho da salvação nesta realidade religiosa, pois  juntamente com o seu terço leva os homens a orar, pedir e agradecer.

Nada mais justo que,  nestes tempos em que o Brasil se vê envolvido socialmente por grandes distúrbios políticos, inflação, miséria, corrupção e outros problemas tão sérios, precisamos mais uma vez  e muito mais da proteção de Maria para apaziguar os brasileiros, fortalecer o espírito do povo e protege-lo em suas aflições. Podemos agradecer nossa Mãe Aparecida, comemorando 300 anos da sua aparição em nossa terra, nossa pátria


ANO MARIANO: GRAÇA DE GRAÇAS

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A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em virtude das Comemorações  dos 300 anos da aparição da imagem de Nossa Senhora Aparecida, no rio Paraíba do Sul, resolveu instituir o  Ano Nacional Mariano. Como é do conhecimento de todos os fiéis, iniciou-se no dia 12 de outubro de 2016 e será estendido até 12 de outubro de 2017, data oficial dos 300 anos.

Com uma mensagem amplamente divulgada, a CNBB coloca esta celebração dos 300 anos como uma dádiva enorme recebida pelos fiéis, vendo-a como uma “grande ação de graças”. O início destas atividades começou a ser planejada no ano de 2014, com todas as dioceses do Brasil juntas, recebendo a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida. Para os bispos, os padres e o povo este jubileu  se torna importante, pois este gesto de peregrinação da imagem, levando às cidades e periferias, faz com que os pobres, os abandonados e os desprovidos de cuidados sociais, que são os prediletos do coração misericordioso de Deus, possam entrar em contato com nossa Mãe e Padroeira Aparecida. Maria vai ao encontro do seu povo, como foi ao encontro do povo escravo quando apareceu nas águas barrentas do Rio Paraíba.


O MILAGRE DAS ÁGUAS

Eis a frase inspiradora do nosso Papa Francisco: Na imagem de Nossa Senhora Aparecida há algo de perene para se aprender. Deus ofereceu ao Brasil a sua própria Mãe”.

Façamos uma pausa para a Memória do aparecimento da imagem de Maria. Nossos apóstolos passaram pelo mesmo caminho, quando pescavam e nada acontecia, mas Cristo fez com que o trabalho deles fosse recompensado e seu barco voltou cheio de peixes. É semelhante ao evento de Aparecida. Deus vem em socorro de seu povo aflito.

Assim, os três pescadores (Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso) e todo vilarejo rezaram para a Virgem Maria e pediram a ajuda de Deus. Estavam desanimados e não conseguiam pescar nada. Eis que surge na rede a imagem quebrada em duas partes. Primeiro veio o corpo e depois a cabeça.

É um grande milagre. Num rio, achar uma imagem já seria um milagre, uma partida ao meio, e encontrar as duas partes é mais do que um milagre, é a chegada de Maria nas mãos dos pescadores. Lembrando ainda que a cabeça da imagem é pequena e mesmo assim não passou entre os espaços vazios da rede. Em seguida, repete-se o milagre, eles enchem a rede de peixes e mais peixes. Como aconteceu com os discípulos.

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Quando vamos para Aparecida do Norte visitar nossa Mãe, vendo a Basílica tão esplendorosa, nos vem esta história tão singela de como ela surgiu para engrandecer a nossa fé. Como disse o Papa Francisco “Deus ofereceu ao Brasil a sua própria Mãe”.

Deus enviou, através dos pescadores, o sinal de que Maria estava ali para que as gerações e gerações de marianos pudessem ter um local para agradecer e orar. Maria escolheu um local pobre, como sempre foi sua escolha. Os  pescadores  se tornaram missionários, como os apóstolos e discípulos. Partilhando a devoção  com sua vizinhança, depois espalhando pela pequena população do lugar, a fé mariana estendeu por tantas cidades do Vale do Paraíba. Hoje sabemos o quanto ela representa no nosso país.


NOSSOS PASTORES CONVIDAM

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Mais de doze milhões de pessoas passam todo o ano em Aparecida, para receber a benção de Nossa Mãezinha do Céu. É um dos lugares mais visitados do mundo e como local Mariano é o primeiro lugar mais visitado pelos fiéis católicos  .

Podemos entender que a missão da Igreja no mundo é tão importante, que este tesouro que Deus entregou aos homens, é uma prova de amor, uma prova de que nós, filhos de Maria, recebemos para cuidar, amar e agradecer. Papa Francisco nos diz que “O resultado do trabalho pastoral não se assenta na riqueza dos recursos, mas na criatividade do amor” .

Maria, na bodas de Caná, disse: “Façam tudo o que Ele disser”. Não se referia apenas ao vinho, mas a toda sua trajetória, pois é nesse momento que Jesus começa a mostrar seus milagres. Maria sabe disso, lembrando que ela é, além da Mãe de Deus, sua discípula e faz com que Ele comece a mostrar os seus dons.

Maria representa a mãe de todos nós durante nossa vida. É como se tivéssemos duas mães, uma na terra e outra no céu, protegendo nossas famílias. Neste ano, em que se completam três séculos de seu aparecimento entre nós, através da imagem encontrada na água – lembrando toda a simbologia que isso representa para o povo católico – é natural esta belíssima homenagem que deve se expandir durante todo o ano.


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EXPECTATIVAS DESTE JUBILEU

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Nossa Rainha e Padroeira do Brasil, será homenageada por toda a população católica brasileira e como diz Dom Sérgio da Rocha: “É um ano para celebrar, para comemorar, para louvar a Deus, mas também para reaprender com Nossa Senhora como seguir Jesus Cristo, como ser cristão hoje”.

O bispo também falou o seguinte: “Nós esperamos muito que o Ano Mariano possa ser de intensa evangelização com Maria, contando com a sua proteção, seguindo os seus exemplos, mas sendo essa Igreja misericordiosa, que a exemplo de Nossa Senhora vai ao encontro dos irmãos para compartilhar a alegria do Evangelho de Jesus Cristo – alegria da fé em Cristo”. (SP-CNBB) Terminou seu pensamento com algo que todos nós pensamos: “Que este momento seja para a evangelização, para a missão, tendo presente o exemplo, as lições que Nossa Senhora nos deixa, mas também recorrendo com confiança a sua intercessão materna”.

Nesta terra de negros, indígenas, europeus, caboclos e caipiras, Maria de Aparecida nos ensina que somos todos irmãos e que todo preconceito e toda barreira social deve ser vencida pelo sentimento de irmandade que une os verdadeiros filhos de Maria de Aparecida.

 


  

Pe. Antônio S. Bogaz – Prof. João H. Hansen

autores de Nos Passos de Maria: Paulinas.2015

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ilustração- imagens dos eventos da paróquia:
Natal Luz
Encontro do Movimento Laical Orionita
Visita da imagem de N.Sra. Aparecida na paróquia
Encontro paroquial da Pastoral da Catequese