O DOMINGO 26 06

REZAR E VIVENCIAR O MISTÉRIO DIVINO

foto nanci 26 06

 Todos os sacramentos são expressão dos mistérios sagrados, desvelados por Jesus Cristo e confiado à sua Igreja ao longo dos séculos. Dentre todos estes mistérios, a presença do Senhor nas espécies eucarísticas é o mais elevado. A celebração desta graça oferta generosamente por Deus aos seus fiéis é iluminada pela luz divina do Espírito de Deus e sua compreensão é engrandecida pela escuta atenta da Palavra do Senhor.  Os livros sagrados, que são sinais e símbolos da espiritualidade da ação litúrgica, nos aprofundam no mistério divino.  O mistério divino é a gratuidade de Deus que se dá a nós, por Jesus Cristo, e sua auto- oferenda na cruz, e se faz presente o altar do sacrifício de amor, eternizado na missa.

     Para viver este mistério, a Igreja nos pede que a Liturgia da Palavra, mais que apressadas e intelectualizadas, seja uma experiência da presença do Senhor, na comunidade. Para viver esta experiência de fé, os momentos de silêncio, interiorização e contemplação multiplicam os caminhos deste encontro místico com Deus (CNBB, Doc. 45, n. 189). Com certeza, a Liturgia da Palavra exige dos ministros da Ceia do Senhor profunda preparação teológico-bíblica, bem como envolvimento pessoal com o mistério divino. Argumentos de habilidade, como tom de voz, postura corporal, alfaias corretas e comunicação envolvente servem ao propósito desta proclamação. Afinal, proclamar a Palavra é colocar-se a serviço de Jesus Cristo, que comunica sua vida divina ao seu povo. (IGMR, N. 37)

     A liturgia da Palavra é o ritual privilegiado para compreender o mistério divino. As leituras nos comunicam a ação divina na história, os salmos são nossa resposta à sua voz e favorece a meditação das passagens bíblicas. O canto de Aleluia e a aclamação ao Evangelho é sinal da alegria com que a assembleia acolhe a mensagem do Senhor.  Preciosa é a homilia, que é parte constitutiva da Liturgia da Palavra.  Seu objetivo é atualizar a Boa Nova, interpelando a realidade da vida pessoal e comunitária. Pela explicação do presidente da celebração, descobrimos o sentido dos eventos da história da salvação, sempre à luz do plano de Deus. 

     A dinâmica da Palavra estimula os fiéis para o serviço da caridade, a luta pela justiça e a construção da fraternidade.  É inegável a interação entre a vida e o anúncio da mensagem evangélica.  Na Instrução Geral ao Missal Romano, quando fala da Liturgia da Palavra, afirma que os livros de onde são colhidas as leituras, assim como os ministros, atitudes e lugares, recordam com veemência aos fiéis que Deus está comunicando seu amor ao povo eleito (n. 35). Contemplamos o mistério sagrado de nossa fé e, pelos exemplos bíblicos e pela iluminação das passagens bíblicas, somos fortalecidos em nossos valores e convocados para transformarmos o mundo em Reino de Deus.


Fonte: O DOMINGO – Semanário Litúrgico-Catequético –26/06/2016

Pe. Antônio S. Bogaz – Prof. João H. Hansen

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PBJH