O DOMINGO 25 09

 FUNÇÃO MINISTERIAL DA LITURGIA DA PALAVRA
o domingo 25 09

Não devemos jamais celebrar rituais em nossa Igreja sem que seja aprofundada sua importância a partir das Escrituras Sagradas. Em todos os rituais, encontramos textos bíblicos que nos iluminam quanto ao seu sentido fundamental, para que os fiéis se aproximem dos sacramentos e sacramentais com maior consciência e haja mais eficácia, capaz de transformar suas vidas.

Na Ceia Eucarística, os textos bíblicos formam, ao longo do Ano Litúrgico e nos ciclos de leituras, a plenitude do pensamento cristão, uma vez que praticamente todos os livros bíblicos são contemplados.  Entende-se aqui a função ministerial da Liturgia da Palavra. Uma vez que somos batizados, somos convidados e dignificados para ler a Bíblia, pela qual entendemos os valores fundamentais da Aliança que selamos com Deus. 

A gênese da formação do povo se dá com Abraão, o pioneiro do pacto divino-humano. No entanto, desde os tempos do Sinai, a mais antiga Aliança registrada de Deus com o povo (Ex 24, 1-11), passando pelos patriarcas, profetas e sacerdotes, a tradição nos insere no contexto deste pacto que Deus firmou com o povo.  Todos os povos, na verdade, selaram pacto com Deus, procurando viver uma história sagrada que lhe seja paradigma de uma vivência nos caminhos da santidade.

A função ministerial da Liturgia da Palavra é reviver os capítulos deste pacto, desde Moisés, quando responde a Deus em nome do povo: “Faremos tudo quanto o Senhor disse e seremos obedientes”. (Ex 24, 7). Este ministério vocal se confirma com o sacrifício do sangue, com vítimas imoladas. Quando asperge o povo, Moisés recorda que “este é o sangue da Aliança que Javé concluiu com seu povo” (EX 24, 8). Confirmada a Aliança, a ceia de Moisés com os setenta anciãos no monte concretiza o pacto misterioso “(Ex 24, 9-11)”.

A função ministerial da Liturgia da Palavra é encaminhar misticamente (e não apenas intelectual ou simbolicamente), os cristãos para viver o “pacto dos pactos”, que se concretiza na Ceia Eucarística.  A comunhão no altar da ceia, é mais fecunda quando a partilha no altar da Palavra tiver sido mais consciente e verdadeira.


Fonte: O DOMINGO – Semanário Litúrgico-Catequético –25/09/2016

Pe. Antônio S. Bogaz – Prof. João H. Hansen

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PBJH