O DOMINGO 24 07

COMPOSIÇÃO DO QUADRO DE LEITURAS (II)

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Temos, depois de tantos séculos, uma divisão muito refinada das Sagradas Escrituras, para serem proclamadas na Liturgia da Palavra. Os Evangelhos sinóticos são contemplados num período de três anos; os tempos mais fortes do Ano Litúrgico apresentam as passagens peculiares do Evangelho de São João. Aos domingos, são lidas as epístolas na Segunda Leitura e na Primeira Leitura se lê normalmente um texto do Antigo Testamento, em consonância com o Evangelho. Como repetiam os padres antigos da Igreja: no Antigo Testamento, “in nuce” (em sombra), e no Novo Testamento “in luce” (em luz). Assim, as passagens da Nova Aliança iluminam os acontecimentos da Aliança do povo hebreu.  Na IGMR (56), repete que “nas leituras, põe-se aos fiéis a mesa da palavra de Deus e abrem-se-lhes os tesouros da Bíblia”. De fato, não é lícito substituir as leituras e o salmo responsorial, que contêm a palavra de Deus, por outros textos não bíblicos. 

Por certo, a Igreja permite adaptações e mudanças para ocasiões especiais e contempla diversas solenidades e festas, bem como nossos santos e temas peculiares, mas insiste que não se perca a progressividade do Ano Litúrgico.

Neste contexto, seguindo a evolução do Ano Litúrgico, a Liturgia da Palavra fundamenta a espiritualidade da Eucaristia e todos os demais elementos, como cantos, comentários, homilias, aprofundam estes ensinamentos.

A sistematização das leituras bíblicas é um dos grandes tesouros das nossas liturgias eucarísticas, pois ao final de cada ciclo vivemos, de forma panorâmica, as passagens fundamentais da revelação divina contida nas Escrituras.

Fonte: O DOMINGO – Semanário Litúrgico-Catequético –24/07/2016

Pe. Antônio S. Bogaz – Prof. João H. Hansen

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PBJH