GESTOS E MOVIMENTOS CORPORAIS
Não se tratam de proposições doutrinais, mas as rubricas dos rituais apresentam diferentes posições e gestos corporais, mas harmonizar a comunidade celebrante e, particularmente expressar com seu próprio corpo os sentimentos do ritual. De fato, a posição comum do corpo é sinal de unidade da assembleia, que exprime grupalmente seus pensamentos e estimula seus sentimentos. (IGMR, n. 20)
Alguns momentos são assinalados para que os fiéis permaneçam em pé, entre eles: durante os ritos iniciais, enquanto se lê o Evangelho e durante a liturgia eucarística, com exceção da consagração, quando os fiéis, quanto possível, fiquem ajoelhados.
Na Liturgia da Palavra, assim, as leituras são ouvidas com todos os fiéis bem acomodados e em posição de escuta serena e atenta aos ensinamentos divinos proclamados pelos leitores. Os gestos são corpóreos, mas podem ser acompanhados com movimentos dos braços e mãos, quando se quer explicitar os sentimentos da própria fé. Encontramos em nossas assembleias grupos que promovem as palmas, levantar das mãos, pequenos passos de dança e abraços. Nas últimas décadas estes movimentos invadiram nossas assembleias celebrantes.
A Igreja pede que as Conferências Episcopais aprofundem com atenção estes gestos e movimentos, para que possam ser adequados à índole dos povos (SC 39) e tenham harmonia entre todos os participantes e não se desviem do sentido fundamental dos ritos. As palavras são claras; ao mesmo tempo em que gestos e posições corpóreas são estimulados, deve-se integrar ao sentido e à índole do tempo litúrgico e das partes da celebração. Gestos e movimentos devem ser eficientes quanto à participação ativa dos fiéis e eficazes na edificação da comunidade cristã.
Nosso Ritual da Missa elenca todas as posições e os gestos básicos para as várias partes da celebração e os acréscimos propostos pelas equipes de animação e canto não devem esquecer de que estes são instrumentos para a plenitude da vivência comunitária do mistério pascal, fugindo de cópias de shows e de animações de auditório, que não contribuem para adentrar a mística dos sacramentos.
Fonte: O DOMINGO – Semanário Litúrgico-Catequético –11/12/2016
Pe. Antônio S. Bogaz – Prof. João H. Hansen