O DOMINGO 18 09

SIMBOLOGIA ESSENCIAL DA PALAVRA DE DEUS
o domingo 18 09

A proclamação da Palavra de Deus transcende o simples ato de ler acontecimentos do passado, histórias fascinantes e ensinamentos geniais. Por certo, quando lemos os textos bíblicos, somos informados dos eventos antigos, da atuação de Deus junto ao seu povo, das passagens da vida de Jesus Cristo, suas parábolas e alegorias e ensinamentos que se perpetuam na história e que, depois de vinte séculos, ainda são muito atuais. Impressionante notar que quando lemos a Palavra, temos a impressão que Jesus Cristo está falando para nossa realidade, nossa comunidade e iluminando os fatos presentes. Tal é a sabedoria dos ensinamentos bíblicos, particularmente dos Evangelhos, que eles nunca envelhecem.

Mas, a Liturgia da Palavra é muito mais que recordações e aulas magistrais. Assim como a partilha eucarística é mais que recordar uma ceia memorável, a primeira parte da missa é o encontro com Deus, pela sua Boa Nova.

Dado o valor simbólico desta intercomunicação entre Deus e seus fiéis, todos os elementos exteriores precisam concorrer para propiciar a nobreza deste ritual. Os livros das leituras devem ser tratados com cuidado e reverência, os espaços da proclamação revelem delicadeza e o ambão seja valorizado como um estandarte onde se eleva um símbolo sagrado, os livros bíblicos, em forma de lecionário, evangeliário e, particularmente, a Bíblia.  Por esta razão, os livros utilizados na proclamação da Palavra devem ser venerados. Não se trata, porém, de “bibliolatria”, pois os livros sagrados são ícones da presença de Deus e não o próprio Deus. Devemos devotar aos “livros litúrgicos”, entre eles especialmente a Bíblia, grande reverência, como normalmente devotamos às ícones marianas e santorais.

A Comunidade pode se servir de movimentos, gestos e refrães que exaltem os “livros litúrgicos”, que contém as orações de nossa tradição e os textos inspirados.  Dirigimos-lhes sinais de reverência tão comuns em nossos rituais, como incenso, cantos e gestos afetuosos, entre outros.  Com certeza os folhetos têm uma função didática importantíssima nas assembleias, mas a reverência é prestada aos livros litúrgicos, que encerram a Boa Nova do Senhor.


Fonte: O DOMINGO – Semanário Litúrgico-Catequético –18/09/2016

Pe. Antônio S. Bogaz – Prof. João H. Hansen

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PBJH