O DOMINGO 16 10

ELEMENTOS COMUNICADORES DA PALAVRA
O DOMINGO 16 10

Partindo de uma metáfora, não podemos considerar que uma pérola valha por sua embalagem, mas concordamos também que um objeto precioso vem sempre numa caixa valiosa. Aplicamos este exemplo na consideração com as espécies sagradas do Sacrário. Bem evidente é que o valor está nas partículas consagradas, mas dada a sua importância, procuramos sempre que os sacrários revelem segurança, beleza e harmonia. Como diz o ditado popular: “beleza não se põe na mesa, mas não se joga no chão”. Apliquemos então estes argumentos estéticos para a Palavra de Deus.

Como podemos proclamar com ardor e consistência a Palavra de Deus se tantas vezes a acústica e o sistema de som de nossas comunidades são deploráveis. Assim como dedicamos atenção e investimos na decoração estética do espaço litúrgico, dos cálices e das alfaias, é preciso não desviar a atenção da sonoridade, que permite a comunicação da Palavra, que facilitam a escuta e a resposta da assembleia (CNBB. Doc. 52, n. 48).

Todos os cuidados são valiosos para que a qualidade sonora e visual da proclamação não seja perturbada por ruídos como cacofonias, interferências, desordem volumétrica e outros tantos.  Pode acontecer que os ruídos perturbadores na Proclamação da Palavra irritem, subliminarmente, os fiéis e afastem seu pensamento da Proclamação da Liturgia.    Concorrem para agravar este perturbação os sons desiquilibrados e sem equalização, a carência de conhecimento de manuseio das equipes e a falta de investimento técnico nas aparelhagens sonoras.  Da eficiência ritual para a eficácia sacramental.

Na busca de eficiência na Liturgia da Palavra, o sacerdote e os leitores, sem gritos e excessos, profiram as leituras em voz clara e distinta, conforme o próprio gênero de cada texto seja admoestação, júbilo, introspecção, seguindo a lógica das próprias narrativas. Dizem os estudiosos da comunicação litúrgica, que o leitor, sem teatralizar os personagens, procure expressar, por entonações discretas e sutis, as intenções de cada frase proclamada, envolvendo assim a assembleia nos sentimentos que emergem das passagens bíblicas proclamadas.


Fonte: O DOMINGO – Semanário Litúrgico-Catequético –16/102016

Pe. Antônio S. Bogaz – Prof. João H. Hansen

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PBJH