o domingo 14 08

DIÁLOGO DA ALIANÇA

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A Liturgia da Palavra é o diálogo da Aliança. Realiza-se nas suas diversas partes a renovação do pacto entre Deus e a comunidade de fiéis. Deus renova seu amor e sua entrega gratuita ao povo e espera nossa resposta livre e consciente. Com alegria, ouvimos a Palavra de Deus que atualiza em nossas histórias pessoal e comunitária as ações salvíficas de Deus. Na celebração da Missa, revivendo o mistério pascal, os cristãos experimentam a presença viva da libertação pascal que se renova entre nós. Este é o ensinamento do Concílio Vaticano II (SC, n. 7): Deus se encarnou, fazendo-se Palavra viva no seio de Maria e nós o celebramos encarnado na história da humanidade, mediante a proclamação das Escrituras Sagradas. Com Cristo e no Cristo, os fiéis, ouvintes da Mensagem divina, entram em comunhão com o Deus da Aliança.

Não celebramos vivamente e nem plenamente o memorial do Senhor vivo e ressuscitado sem a fecundidade da Palavra e a partilha das espécies eucarísticas. (IGMR, n. 46). Como o Verbo Divino se tornou uma pessoa humana, sua expressão passa pela forma humana. Assim, Ele é a expressão pessoal de Deus Pais e se comunica por palavras e sinais. As palavras são poesias, parábolas, provérbios, cartas, discursos, preces e tantos outros gêneros literários.  O reconhecimento do gênero de cada passagem bíblica permite a compreensão correta e profunda da mensagem divina.

Devemos acolher os textos sagrados, não simplesmente como informação, notícias e aulas de antropologia religiosa e cultural. Antes, a Liturgia da Palavra representa Cristo presente com seu Espírito, comunicando-se com o povo, anunciando o Reino, denunciando injustiças e congregando o povo fiel da Aliança, para viverem os valores de sua mensagem para a humanidade.

Reconheçamos a presença de Jesus Cristo por sua voz que nos fala. Essa presença é simbólico-sacramental, e por ela, tocamos o coração de Deus e somos tocados por sua graça.  Deus nos fala, como um pai amoroso que abre o testamento de seu amor e o anuncia a seus filhos.


Fonte: O DOMINGO – Semanário Litúrgico-Catequético –14/08/2016

Pe. Antônio S. Bogaz – Prof. João H. Hansen

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PBJH