o domingo 09 10

LIVROS SAGRADOS: DIGNIDADE E RESPEITO

o domingo 08 10 ajus

Se por um lado, as comunidades devem estar atentas com a disposição e ornamentação do espaço celebrativo, levando em conta as expressões da arte local e a cultura peculiar da região, por outro lado, deve cuidar que se revele veneração e respeito com os livros sagrados. Os livros sagrados tendem a propiciar a participação ativa da assembleia e revelar a valorização dos ministérios que a servem na ação litúrgica.

Os pastores de nossa Igreja insistem que os “livros litúrgicos requerem ser tratados com cuidado e respeito” (CNBB. Doc.52, n. 47). Como tessitura objetiva, são livros comuns, com papéis e capas mais solenes, para maior durabilidade; mas pelo que representam, são depositários da Palavra de Deus e das orações da Igreja. Isso faz dos livros litúrgicos verdadeiros porta-joias da Boa Nova. Como encerram o Pacto da Aliança divina, plenificada em Jesus Cristo, tornam-se portadores de um mistério religioso e sagrado de valor imensurável.  Insiste-se mesmo que os “ministros tenham em suas mãos livros belos e dignos”, quer na sua apresentação gráfica, quanto na sua encadernação (n. 47b).

Em nossos dias atuais, com os novos meios virtuais de livros, deve-se ter muita cautela para que não se perca o valor simbólico e a dignidade dos livros sagrados; afinal eles não são apenas objetos de leituras, que os reduziriam ao sentido simplesmente utilitário, mas são ícones da Aliança que como sinal nos recorda um pacto entre Deus e cada um de nós, povo eleito.

No ritual da Missa, a Igreja nos ensina que os cuidados com os livros litúrgicos devem servir para manifestar a maior veneração por ocasião das leituras bíblicas e mais ainda na leitura do Evangelho (IGMR, n. 35). Não se trata de exibicionismo que transforma os livros litúrgicos em objetos de luxo e vaidade da comunidade, antes devem ser simples e bem apresentados, para revelar a profundidade e a simplicidade da Boa Nova.

Os gestos reverenciais para com os livros sagrados expressam a importância que os livros sagrados têm para a comunidade. Não seremos salvos por eles, mas nossa intimidade com os mesmos pode ser manifestada nos cuidados e na delicadeza que lhes conferimos nos rituais litúrgicos.  


Fonte: O DOMINGO – Semanário Litúrgico-Catequético –09/102016

Pe. Antônio S. Bogaz – Prof. João H. Hansen

 *****

PBJH