O DOMINGO 08 05

CONVERTER-SE PELA PALAVRA DE DEUS

folheto semana passada (1)

Na Liturgia da Palavra, abrimos as páginas bíblicas e ouvimos a voz de Deus, que nos trata como filhos, nos oferta seu amor e sua graça e nos encanta. A Palavra é uma das mais sublimes manifestações do Senhor ressuscitado, pela qual Ele se dá a conhecer e nos torna seus cúmplices na missão de renovar o mundo e torná-lo Reino de Deus.  Em verdade, quando Deus comunica sua mensagem, sempre espera uma resposta. A primeira e mais genuína resposta consiste em crer e adorar Deus. A primeira transformação de nossas vidas é o fortalecimento de nossa fé. Crer em Deus em espírito e verdade, como nos ensina o Evangelista João (4, 23) implica em consagrar-se a Deus plenamente, como nosso único senhor. Abrimo-nos à ação do Espírito Santo para que a nossa resposta seja eficaz, concretizando em nossas ações o que partilhamos na Liturgia da Palavra. Pela escuta da Palavra, humildemente, os fiéis buscam tornar realidade o que celebram na liturgia.  Existe um movimento de reciprocidade entre a vida e a escuta da palavra, de modo que a vida reflita os ensinamentos bíblicos e estes sejam o eco da vida dos fiéis.

O Lecionário nos ensina que a escuta da palavra suscita arrependimento e estimula nossa conversão.  Na Epístola aos Hebreus, aprendemos que a Palavra de Deus é viva e eficaz, mais penetrante que uma espada. “Ela penetra até o mais profundo da alma e atinge até a medula” (Hb 4, 12).

Quando ouvimos com sinceridade a Palavra de Deus, nosso espírito vibra diante da verdade. A veracidade da voz divina, presente misteriosamente nos textos bíblicos, denuncia e gera crise nas situações de injustiça e maldades, ilumina nossa consciência e nos leva a compromissos transformadores.  Basta recordarmos a atitude de Zaqueu, o grande corrupto da cidade, que se converte diante da pregação de Jesus. Este é o itinerário da Palavra: ilumina a consciência, incita a conversão, promove a transformação e leva ao compromisso com os mais empobrecidos.

Pela força da Palavra, a comunidade se solidifica e os fiéis se tornam mais solidários, tornando a liturgia um caminho de renovação da vida e solidariedade com os irmãos.

 

 

Fonte: O DOMINGO – Semanário Litúrgico-Catequético – 08/05/2016

Pe. Antônio S. Bogaz – Prof. João H. Hansen

PBJH